domingo, 27 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Auto Retrato II
Variação da atividade "Auto Retrato"
- pedir que os alunos pesquisem ou o professor levará para a sala de aula, biografias de pessoas famosas.
- a partir da leitura individual, cada aluno selecionará do texto o que for mais significativo e importante da vida da personalidade.
- a partir dai, será elaborado um auto retrato da personalidade escolhida
Explorando o texto, Criando auto retrato
Sugestão de atividade que pode ser realizada com o texto de Graciliano Ramos: Auto Retrato aos 56 anos
- apresentar o autor do texto, sua vida e obra
- destacar fatos importantes da vida do autor
- distribuir para cada aluno uma folha com o texto
- realizar a leitura oral e coletiva do texto
- pedir que cada aluno registre em papel próprio alguns dados sobre si, baseando-se na obra do autor; sugestão: livro ou história preferida, alimento ou bebida preferida, características próprias da personalidade, sentimentos que o agradam e o que não o agradam, cor, amigo, roupa, o que gosta de fazer fora da escola, programa de TV, artista preferido, sonhos, etc...
- após, cada aluno fará seu "Auto Retrato aos ___anos" organizando as informações já registradas
- para ficar um trabalho caprichado, a escrita final poderá ser feita em papel colorido, com borda ou digitado. Ah! a foto ou desenho do aluno deverá constar no trabalho.
- Lembre-se de realizar a correção ortográfica.
AUTO RETRATO AOS 56 ANOS
Nasceu em 1892, em Quebrângulo, Alagoas
Casado duas vezes, tem sete filhos
Altura, 1,75
Sapato, nº 41
Colarinho, nº 39
Prefere não andar
Não gosta de vizinhos
Detesta rádio, telefone e campainhas
Tem horror às pessoas que falam alto
Usa óculos
Meio calvo
Não tem preferencia por nenhuma comida
Não gosta de frutas nem de doces
Sua leitura predileta: a Bíblia
Escreveu CAETÉS com 34 anos de idade
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Gosta de beber aguardente
É ateu
Indiferente à Academia
Odeia a burguesia
Adora crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antonio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Gosta de palavrões escritos e falados
Deseja a morte do capitalismo
Escreveu seus livros pela manhã
Fuma cigarros Selma ( três maços por dia)
É inspetor de ensino, trabalha no CORREIO DA MANHÃ
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Só tem cinco ternos de roupas, estragados
Refaz seus romances várias vezes
Esteve preso duas vezes
É-lhe indiferente estar preso ou solto
Escreve à mão
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio
Tem poucas dívidas
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Espera morrer aos 57 anos
Casado duas vezes, tem sete filhos
Altura, 1,75
Sapato, nº 41
Colarinho, nº 39
Prefere não andar
Não gosta de vizinhos
Detesta rádio, telefone e campainhas
Tem horror às pessoas que falam alto
Usa óculos
Meio calvo
Não tem preferencia por nenhuma comida
Não gosta de frutas nem de doces
Sua leitura predileta: a Bíblia
Escreveu CAETÉS com 34 anos de idade
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Gosta de beber aguardente
É ateu
Indiferente à Academia
Odeia a burguesia
Adora crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antonio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Gosta de palavrões escritos e falados
Deseja a morte do capitalismo
Escreveu seus livros pela manhã
Fuma cigarros Selma ( três maços por dia)
É inspetor de ensino, trabalha no CORREIO DA MANHÃ
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Só tem cinco ternos de roupas, estragados
Refaz seus romances várias vezes
Esteve preso duas vezes
É-lhe indiferente estar preso ou solto
Escreve à mão
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio
Tem poucas dívidas
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Espera morrer aos 57 anos
Graciliano Ramos
NOTÍCIA VIRA POESIA
Atividade retirada do Livro: Oficina da Palavra, Ed. FTD
A atividade tem início com a leitura de um texto em verso ou uma música. Chamar a atenção dos alunos para a forma da poesia e para a sua linguagem, estabelecendo comparações com o da prosa. Marcar as rimas dos versos, observando o ritmo e a cadência melódica.
Distribuir jornais e revistas e pedir que os alunos escolham uma notícia, leiam e selecionem as palavras que detenham a ideia central.
OBS.: A leitura da música ou notícia poderá ser feito silenciosamente pelos alunos. Após, todos lerão em voz alta e por fim, o professor fará a leitura, alertando os alunos para a entonação e pontuação. No caso da poesia, contar os versos e as estrofes. Fazer a marcação das rimas com palmas, estalos de dedos ou outro som desejado. Pintar de cores semelhantes os versos que rimam. Com as palavras selecionadas, registrar outras palavras com o mesmo som. Agora é só organizar os versos.
No caso da notícia, é importante que as palavras selecionadas representem realmente a ideia principal do texto e que esse texto seja compreendido pelos alunos.
Pode-se utilizar um único texto ou poesia e a elaboração ser coletiva. Dessa forma, o aluno sentirá segurança para a produção própria e sozinho.
- Material:
A atividade tem início com a leitura de um texto em verso ou uma música. Chamar a atenção dos alunos para a forma da poesia e para a sua linguagem, estabelecendo comparações com o da prosa. Marcar as rimas dos versos, observando o ritmo e a cadência melódica.
Distribuir jornais e revistas e pedir que os alunos escolham uma notícia, leiam e selecionem as palavras que detenham a ideia central.
- Criação da poesia:
OBS.: A leitura da música ou notícia poderá ser feito silenciosamente pelos alunos. Após, todos lerão em voz alta e por fim, o professor fará a leitura, alertando os alunos para a entonação e pontuação. No caso da poesia, contar os versos e as estrofes. Fazer a marcação das rimas com palmas, estalos de dedos ou outro som desejado. Pintar de cores semelhantes os versos que rimam. Com as palavras selecionadas, registrar outras palavras com o mesmo som. Agora é só organizar os versos.
No caso da notícia, é importante que as palavras selecionadas representem realmente a ideia principal do texto e que esse texto seja compreendido pelos alunos.
Pode-se utilizar um único texto ou poesia e a elaboração ser coletiva. Dessa forma, o aluno sentirá segurança para a produção própria e sozinho.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Dois e dois: Quatro
Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
Como é azul o ocenao
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás o terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
Como é azul o ocenao
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás o terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar, seleção de Alfredo Bosi, Global
sábado, 12 de maio de 2012
Fazendo Rimas
Possibilitando a criação de poemas.
Atividade:
Atividade:
1º momento: Distribuir aos alunos palavras escritas em cartões e pedir que se agrupem, obedecendo a rima entre as palavras. Criar com essas palavras expressões e depois pequenos versos.
Após a escrita, um aluno mostra o verso criado, um segundo aluno se junta ao primeiro, formando o segundo verso, o terceiro aluno deverá se apresentar com um verso que faça rima com o primeiro e quarto aluno se apresentará com um verso que rime com o segundo.
A 1ª estrofe já ficou pronta! Agora é só continuar.
Ou Isto ou Aquilo II
Vivemos fazendo escolhas diariamente e Cecília Meireles coloca essas escolhas magistralmente em um poema simple e gostoso de se ler.
Que leituras podemos fazer desse poema com os alunos?
Que imagens podem ser vistas e passadas para o papel?
Que tal nos apropriarmos do poema, pedirmos licença à autora e brincarmos um pouco com ele?
Peça aos seus alunos que substituam algumas palavras do poema por outras e recriem o texto. Depois é só ilustrar.
Bom trabalho!!
terça-feira, 8 de maio de 2012
OU ISTO OU AQUILO
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se isto ou aquilo.
(MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. Rio de Janeiro, 1981)
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se isto ou aquilo.
(MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. Rio de Janeiro, 1981)
BRINCANDO COM AS PALAVRAS
Como podemos estimular nossos alunos a se aventurarem no mundo das palavras, da escrita, da criação poética?
Poética, sim! Porque não?
Brincar com as palavras é um ótimo começo.
Jogos e brincadeiras em que possam falar, expressar-se através de ações, de mímicas, expor sentimentos, pensamentos, utilizar linguagem não verbal.
Brincando com as palavras, o aluno desenvolve o vocabulário, estimula o raciocínio, a memória, facilita a convivência grupal.
Vamos tentar?
Podemos iniciar com um ACRÓSTICO;
- Escolher uma palavra que tenha algum significado para o momento ou o próprio nome do aluno;
- Retirar uma palavra do acróstico de cada aluno e escrevê-la no quadro;
- Selecionar algumas dessas palavras, de preferencia um substantivo e um adjetivo para fazer rima;
- Relacionar as palavras que tem o mesmo som final.
Esse é um começo!
Agora é com vocês!
Outro jogo que as crianças gostam muito: ADEDANHA
As possibilidades de ampliação vocabular é muito grande.
Incentivar e valorizar a expressão oral do aluno, a desinibição linguística, promover um encontro estimulante com a palavra escrita, contribuirá com a fruição, com aleitura, com a imaginação e com a criação poética.
Mãos à obra?!
domingo, 6 de maio de 2012
De mãos dadas com a poesia
O prazer da leitura de um texto pode levar à aquisição do hábito da leitura e, essa descoberta dando-se na infância, mais fácil se conquistará novos leitores.
Atividade que pode ser desenvolvida:
Material:
Textos sobre amor, ou outros sentimentos humanos, músicas, papel, caneta.
Desinibição:
Ler o texto, ouvir e cantar a música.
Estímulo:
O dinamizador convida os alunos/participantes a analisarem seu coração, dizendo-lhes:
_ Abra o seu coração.
_ O que você vê dentro dele?
_ O que sente?
_ O que lhe incomoda?
_ O que gostaria de dizer em nome dele?
Criação:
Passe para o papel o que seu coração gostaria de falar se tivesse voz.
Pode-se ilustrar o trabalho.
Organize o mural de sua sala com as produções dos participantes.
Filme no momento do estímulo.
Fotografe enquanto ilustram.
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Um pouquinho do autor:
Nasceu no Recife, em 1920. Viveu os primeiros anos em Pernambuco e, ao completar 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Diplomata, residiu em vários países, sobretudo na Espanha, nas cidades de Sevilha e Barcelona, que se tornariam tema frequente em sua poesia. Recebeu prêmios importantes, como o Camões, o Neustadt Internacional e o Rainha Sofia, e foi cogitado para o Prêmio Nobel. Faleceu em 1999.
MULHER VESTIDA DE GAIOLA
Parece que vives sempre
de uma gaiola envolvida,
isenta, numa gaiola,
de uma gaiola vestida,
de uma gaiola, cortada
em tua exata medida
numa matéria isolante:
gaiola-blusa ou camisa.
E, assim como tu resides
nessa gaiola, cingida,
o vasto espaço que sobra
de tua gaiola-ilha
é como outra gaiola
igual que o mar: sem medida
e aberto em todos os lados
(menos no que te limita).
Pois nessa gaiola externa
onde tudo tem cabida
onde cabe Pernambuco
e o resto da geografia.
três bilhões de humanidade
e até canaviais de usina,
sei que se debate um pássaro
que a acha pequena ainda .
Tal gaiola para ele
mais do que gaiola é brida;
como cárcere lhe aperta
sua gaiola infinita
e lhe aperta exatamente
por essa parede mínima
em que sua gaiola-mundo
com a sua faz divisa,
Contra essa curta parede
entre ti e ele contígua,
que te defende e para ele
é de força, se é camisa,
todo o dia se debate
a sua força expansiva
(não de pássaro, de enchente,
de enchente do mar de Olinda).
Por que ele a quem sua gaiola
de outros lados não limita
deseja invadir o espaço
de nada que tu lhe tiras?
Por que deseja assaltar
precisamente a área estrita
da gaiola em que resides,
melhor: de que estás vestida?
A Educação pela Pedra e Outros Poemas/ João Cabral de Melo Neto, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
de uma gaiola envolvida,
isenta, numa gaiola,
de uma gaiola vestida,
de uma gaiola, cortada
em tua exata medida
numa matéria isolante:
gaiola-blusa ou camisa.
E, assim como tu resides
nessa gaiola, cingida,
o vasto espaço que sobra
de tua gaiola-ilha
é como outra gaiola
igual que o mar: sem medida
e aberto em todos os lados
(menos no que te limita).
Pois nessa gaiola externa
onde tudo tem cabida
onde cabe Pernambuco
e o resto da geografia.
três bilhões de humanidade
e até canaviais de usina,
sei que se debate um pássaro
que a acha pequena ainda .
Tal gaiola para ele
mais do que gaiola é brida;
como cárcere lhe aperta
sua gaiola infinita
e lhe aperta exatamente
por essa parede mínima
em que sua gaiola-mundo
com a sua faz divisa,
Contra essa curta parede
entre ti e ele contígua,
que te defende e para ele
é de força, se é camisa,
todo o dia se debate
a sua força expansiva
(não de pássaro, de enchente,
de enchente do mar de Olinda).
Por que ele a quem sua gaiola
de outros lados não limita
deseja invadir o espaço
de nada que tu lhe tiras?
Por que deseja assaltar
precisamente a área estrita
da gaiola em que resides,
melhor: de que estás vestida?
A Educação pela Pedra e Outros Poemas/ João Cabral de Melo Neto, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
UMA NORDESTINA
Ela é uma pessoa
no mundo nascida.
Como toda pessoa
é dona da vida.
Não importa a roupa
de que está vestida.
Não importa a alma
aberta em ferida.
Ela é uma pessoa
e nada a fará
desistir da vida.
Nem o sol de inferno
a terra ressequida
a falta de amor
a falta de comida.
É mulher, é mãe:
rainha da vida.
De pés na poeira
de trapos vestida
é uma rainha
e parece mendiga:
a pedir esmolas
a fome a obriga.
Algo está errado
nesta nossa vida:
ela é uma rainha
e não há quem diga.
Ferreira Gullar
- Qual o título do poema?
- Quem é o autor do poema?
- De quem fala o poeta e o poeta?
- Como você descobriu? Escreva os versos que demonstram a sua descoberta.
- Que sentimentos despertou em você esse poema?
- Em que lugar/região o autor se inspirou para escrever os versos?
- Reescreva o poema, mudando alguns versos.
POEMA CONCRETO
mar azul
mar azul marco zul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul
Ferreira Gullar
Simples, não?! Bonito! Concreto!
Por quê concreto?
Que forma você percebe na escrita do poema?
E que cor tem o poema?
Poderia ser de outra cor? Qual? Como ficaria então? Escreva. Desenhe.
E o som? Consegue ouvir?
Conhece alguma música que fale sobre o mar? Qual?
Sonoro como as ondas do mar.
O que se repete nos versos do poema?
Desenhe o poema de Ferreira Gullar.
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