sábado, 29 de setembro de 2012

ESOPO

Esopo nasceu na Grécia, mais de 500anos antes de Cristo. Era um escravo muito inteligente, que vivia salvando seu senhor de situações difícies.
Contam, que certa vez, seu senhor garantiu a um amigo que seria capaz de beber toda a água o mar. O amigo riu e debochou dele, e os dois acabaram apostando uma quantia fabulosa de dinheiro.
É claro que o senhor estava bêbado!  E, na manhã seguinte, ficou apavorado com o que fizera. 
_ Estou falido! _ chorava. _ Sou um homem pobre, agora! como vou beber toda a água do mar?!
Esopo procurou consolá-lo:
_ Calma, Senhor! Tive uma ideia! Marque dia, hora, local. Sei como resolver o assunto.
Veio gente de longe para assistir a façanha. Juntaram-se na praia combinada, onde ficaram esperando, enquanto conversavam e riam. O Senhor, apesar de mjá ter sido salvo em outras ocasiões pelo escravo, estava muito nervoso:
_ É demjais! Não vamos conseguir! Os deuses devem estar loucos!!! Primeiro eu, um homem sensato, aposto toda a minha fortuna numa bobagem; agora, vem você e me convence de que sou capaz de fazê-la!...
_ Calma, Senhor: vai dar tudo certo...
Na hora marcada, Esopo deu o sinal: 
_ Pode cfomeçar a beber!
E o Senhor bebeu, bebeu e bebeu, mas não fez a menor diferença no volume da água do mar.
Foi então que Esopo exclamou:
_ Ei, esperem! Ele nunca conseguirá, porque o mar é alimentado por muitos rios. Vocês precisam, primeiro, secar as fontes que  dão origem a esses rios.
E, pegando um copo aberto na lateral, ofereceu-o ao amigo com quem seu senhor apostara, dizendo:
_ Beba.
Enquanto ele bebia, Esofo pegou uma ânfora cheia de água e começou a despejar no copo, devagar. Quanto mais ele bebia, mais água descia...
_ Assim não vale! _ protestou o outro. _ Eu nunca vou conseguir!
_ Entendeu, agora? Se vocês não secarem as fontes, meu amo jamais conseguirá beber toda a água o mar, já que, à medida que ele vai bebendo, os rios vão despejando mais água... _ E concluiu, categórico: _ Sequem as fontes ou a aposta está desfeita!
Como ninguém conseguiu secar as fontes, o senhor também não precisou beber o que prometera.
Grato, ele concedeu a liberdade ao escravo.
Feliz, Esopo passou o resto da vida viajando por terras exóticas e distantes, e escrevendo as histórias que o tornaram famoso. Nessas histórias ele apresenta, pela primeira vez, animais como personagens, e, através deles, elogia as virtudes e critica os defeitos humanos.
A este gênero criado por Esopo chamamos "fábula".

Regina Drummond
Fábulas de Esopo, Paulus, 1996

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