terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Divulgando II
Amigos,
Divulgo um trabalho maravilhoso realizado por uma Equipe Nota 10!!! Deem uma passada por lá. Divulguem!
http://reciclaleitores.blogspot.com.br
DIVULGANDO
Projeto
Livro de Rua
Livro de Rua é um projeto do Instituto Ciclos do Brasil que visa democratizar a leitura.
Em nosso país os índices de leitura são muito baixos, lemos menos do que na Colômbia e mais de 70% da população nunca frequentou uma biblioteca.
Entendemos todos os espaços da cidade como espaços de leitura, por isso temos o objetivo de transformar todo o Brasil em uma grande biblioteca pública sem paredes.
Mas como seria isso? fácil, livros não são para ficar parados em estantes e prateleiras pegando poeira, por isso pedimos que os libertem em locais públicos, com grande movimento de pessoas, dando preferências a regiões aonde existe maior carência de leitura, registrando aqui mesmo em nosso site.
Estamos montando bibliotecas da liberdade em escolas, lanchonetes, lan houses, igrejas, centros comunitários, ong´s, associações de moradores e em todos os lugares mais que possuas pessoas interessadas em ajudar. Lá, qualquer pessoa poderá pegar os livros livremente e desfrutar de uma boa leitura. Em seguida poderá entregar os livros no mesmo ponto ou passar para outra pessoa. A única coisa que não vale é ficar parado.
Faça a sua parte, assim como nós, participe você também, seja um agente da educação de qualidade, da democratização do acesso a leitura e da nossa cultura popular, doe livros, divulgue e participe de nossas atividades, ajudando a construir um Brasil Melhor.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
CURIOSIDADE
LÍNGUA -MÃE
Todos nós aprendemos pelo menos duas línguas, mas não necessariamente dois idiomas, veja bem!
Nossa primeira língua (ou língua materna) é aquela que adquirimos naturalmente até os cinco anos de idade, de forma falada. A segunda língua é aquela que se aprende conscientemente, ou seja, por meio do ensino dirigido. É a língua padrão que está nos livros, que aprendemos na escola, e que pode ou não ser a mesma língua materna.
Os especialistas defendem que até os oito anos de idade, mais ou menos, é possível aprender uma segunda língua sem marcas específicas da língua materna. Isso quer dizer que você pode ter o português como língua materna, língua aprendida naturalmente no convívio com sua família, e ser alfabetizado em inglês, por exemplo, sem deixar que a sua forma de falar inglês seja influenciada pelo modo como fala o português ou, para simplificar, sem o seu sotaque materno. Depois dessa idade, ainda na opinião dos especialistas, a segunda língua que aprendermos levará algum vestígio da língua materna, com raras exceções. Curioso, não?
Fonte: CH das Crianças - abril de 2012 - nº 233
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
SUGESTÕES
Para ler nas férias:
- A Bolsa Amarela - Lygia Bojunga
- O Nome da Rosa - Umberto Eco
- Tropical Sol da Liberdade - Ana Maria Machado
BOA LEITURA A TODOS !!
sábado, 15 de dezembro de 2012
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
O LOBO E O CORDEIRO
Aquele verão estava muito quente e um lobo dirigiu-se a um riachinho, disposto a refrescar-se um pouco. Quando se preparava para mergulhar o focinho na água, ouviu um leve rumor e viu a grama se mexendo. Ao olhar em direção ao barulho, avistou, logo adiante, um cordeirinho, que bebia tranquilamente.
_Que sorte! - pensou o bolo. Vim para beber água e encontro comida também...
Pôs um tom severo na voz e chamou:
_ Ei, você aí!
_ É comigo que o senhor está falando? - surpreendeu-se o cordeirinho. _ Que deseja?
_ O que é que eu desejo?! Ora, seu mal educado!Não vê que, ao beber, você suja a minha água? Nunca ninguém ensinou você a respeitar os mais velhos?
_ Senhor... Como pode dizer isso? Olhe como bebo com a ponta da língua... Além do mais, com sua licença, eu estou mais abaixo, e o senhor mais acima...A água passa primeiro pelo senhor e só depois por mim. Não é possível que eu o incomode! _ respondeu o cordeirinho, com voz trêmula.
_ Ora essa! Com a sua idade já quer me ensinar para que lado corre a água?
_ Não, de jeito nenhum, não é isso... Só queria que reparasse...
_ Que reparar que nada! Você não me engana! Pensa que escapará, como no ano passado, quando andava por aí, falando mal da minha família? "Os lobos são assim, os lobos são assado!" Você teve muita sorte, por nunca termos nos encontrado, senão eu já teria mostrado a você como são os lobos!
_ Nem imagino quem lhe contou isso, senhor, mas é mentira. A prova é que, no ano passado,. eu ainda nem tinha nascido...
_ Pois, se não foi você, foi o seu pai! _ rosnou o lobo, saltando em cima do pobre inocente e devorando-o.
sábado, 6 de outubro de 2012
AS RAPOSAS DA MARGEM DO RIO
O rio Meandro corre num dos mais belos vales da Ásia Menor. É um rio com uma corrente forte, entre uas margens ricas em vegetação: de um lado, uma densa floresta, que o sol mal consegue iluminar; do outro, árvores carregadas de frutos tão grandes e bonitos que enlouqueciam as raposas vermelhas, habitantes da floresta.
As pessoas atravessavam o rio de barco ou jangada, e os animais que sabiam nadar chegavam ao outro lao com facilidade. As raposas, entretanto, são inimigas da água... E fikcavam olhando aquelas delícias, de longe.
Resolveram, então, fazer um conselho, para solucionar o problema.
_ O que faremos? Aprender a nadar, não dá mais. Já estamos muito velhas - disse a mais velha de todas.
_ Tem razão! - concordou a outra. _ E se seguíssemos o rio até a nascente? Seria um jeito de passarmos para o outro lado.
_ Sim, mas sabe-se lá o quanto teremos de caminhar! Não haverá um jeito mais fácil?Procurar um trecho mais raso, por exemplo...- sugeriu uma terceira.
_ Não, não! Isso é tempo perdido! - opinou uma jovem raposa. _ Digam-me: alguma vez já tentaram nadar? Ainda ontem vi vários lobos atravessando o Meandro num instante. Prestei atenção e nadar pareceu-me uma brincadeira! Basta mover as patas e manter a cabeça fora d'água.
Uma voz perguntou:
_ E o rabo?
_ O rabo? O rabo é o nosso leme! - respondeu ela, sem hesitar.
_ Será? Não acredito muito nisso, não... Minha mãe sempre dizia... - duvidou a mais velha.
_ Ih, se ficarmos preocupadas com o que diziam nossas mães, avós e bisavós, estamos arrumadas! - interrompeu uma outra.
_ Vocês não tem é coragem! - berrou ajovem.
_ já que a ideia é sua, você não quer experimentar? - propôs a que perguntara do rabo. - Isto é, ir primeiro?
A jovem raposa ficou surpresa. Esperava que as amigas gostassem da ideia e se metessem no rio antes dela. Ora, as coisas não estavam correndo conforme o previsto, mas, por outro lado, retirar-se agora seria uma vergonha. Depois de todo aquele discurso...
_ Pode ser! - concordou, atirando-se na água e procurando fazer como vira os lobos fazendo.
A corrente, naquele trecho, era bastante forte. Ela tentava manter-se na superfície, mas sentia que estava sendo arrastada.
_ Tudo bem? - gritavam as outras, da margem.
_ Muito bem, amigas! Nadar é a coisa mais fácil deste mundo! - respondeu ela, satisfeita em saber que ninguém desconfiava.
_ Pode voltar, agora! - gritou a mais velha. - Você já está muito longe: não dá mais para ver como se faz!
_ Sim... Sim... Volto logo! é que me lembrei de uma coisa: a coruja pediu-me que desse um recado a uma prima dela, e é logo ali, após a curva. Vou aproveitar que já estou perto! Volto logo!
Elas nem ouviram as últimas palavras, por causa da distância e do barulho do rio, mas ficaram sentadas, pacientemente, esperando a volta da professora de natação...
sábado, 29 de setembro de 2012
RODAS DE LEITURA
O mais importante no momento de contar a história, é fazer com que essa atividade seja prazerosa, lúdica, que tenha encantamento, que seja divertido. Embora as fábulas tenham sempre ao final uma Moral, não é necessário que seja enaltecido, pois com a continuidade de leitura desse gênero literário, as crianças perceberão a relação bem/mal, bonito/feio, força/inteligência, justiça/injustiça. Também o texto literário não pode servir como pretexto para estudos escolares.
Sentados em círculo, a professora insere os alunos no mundo do faz de conta, da imaginação.
O principal motivo para ouvir histórias, é ter prazer em ouví-las, seja dentro ou fora da escola.
É importante que você escolha algo que aprecia, que goste. Leia normalmente, sem mudanças de pronúncia; alterações na voz, quando muda personagem é válido; demonstrar emoções sem exageros como medo, raiva, alegria.
Dependendo da faixa etária, a leitura não deve ser longa.
Antes de iniciar a história, explore certos aspectos da capa do livro, título, imagens, informações da capa, numeração.
Explore as imagens antes ou depois da leitura; evite fazer interrupções frequentes durante a leitura.
Se as crianças pedirem para realizar o desenho da história, ofereça material adequado. Permita que manuseiem o livro, observem as folhas, as imagens, antes de iniciarem a produção.
Caso o professor deseje realizar atividade escrita, algumas dicas para produção com Fábulas.
- Discutindo a fábula:
- O que aconteceu?
- Quando aconteceu?
- Onde aconteceu?
- Como aconteceu ( ações)?
- Moral: ( permitam que os próprios alunos a construam. Após, a leitura da moral da fábula poderá ser comparada com a que foi construída pela turma)
- Elementos da narrativa :
- Situação inicial:
- Complicação:
- Clímax:
- Desfecho:
BOA LEITURA!!
A ROSA E A SEMPRE VIVA
Um jardineiro plantou, a pouca distância uma da outra, uma roserira e uma sempre viva. Em poucos meses, as rosas começaram a dar botões, que logo desabrocharam. O contraste entre as belas flores vermelhas e os galhos e folhas verdes era deslumbrante. A sempre viva, que tinha bom gênio e não era invejosa, não se cansava de admirar a vizinha:
_ Como você é bela! Não há quem passe sem olhar para você com respeito e encantamento... os namorados oferecem sua beleza à amada, o perfumista colhe suas pétalas para fazer delicados perfumes... Suas flores servem ainda para enfeitar as casas!... Você é mesmo muito linda!...Às vezes, até sinto vontade de estar no seu lugar, mas, de fato, basta-me poder olhar para você, para que eu me sinta feliz... E agradeço ao céu ter-me posto aqui, ao seu lado, para poder viver na sombra do seu esplendor...
A roseira, que era muito simples e humilde, respondeu com um suspiro:
_ Estou comovida com suas belas palavras, querida sempre viva, e agradeço a sua gentileza, mas, infelizmente, nem tudo o que reluz é ouro... É verdade que minhas flores são maravilhosas, mas o que acontece se ninguém passar para para colhê-las? Em poucos dias, murcham e inclinam-se, tristes, deitando a cabeça sobre os meus galhos...
É verdade que você chama menos atenção, mas se o jardineiro nos plantou juntas, por alguma razão foi. Quando eu estiver despida e só mostar meus feios braços espinhosos, você continuará florida. Então, todos que passarem por aqui não vão olhar para mim, mas para você, e pensarão, surpresos: "Como é que nunca tínhamos reparado nela?"
OS DOIS BURROS DE CARGA
Entre Atenas e a planície da Ática, havia um certo comerciante que abastecia os aldeões de sal, peixe e outros produtos, trocando-os por lã, óleos e queijos. Utilizava dois burros para transportar a mercadoria de um lado para outro. Os pobres animais viajavam sempre muitos carregados e, como se isso não bastasse, tinham de percorrer atalhos pedregosos, subir e descer por caminhos difíciese atravessar rios a nado, já que, naquela época, quase não existiam pontes.
Certa vez, a pequena caravana atravessava um rio, quando o mais velho dos burros escorregou numa pedra coberta de musgo, perdeu o equilíbrio e caiu na parte mais fundada água.
O mercador correu imediatamente em seu socorro e começou a puxá-lo pela rédea. Apesar dos seus esforços, custou a colocá-lo de pé outra vez. E constatou um fato surpreendente: sua carga estava reduzida à metade do que era antes!
É que o velho burro transportava sacos de sal - que se dissolveu, naquele mergulho inesperado.
E seguiram seu caminho...
Algumas horas depois, chegaram a outro riacho. O jovem burro, que até então suportara o cansaço com paciência, sentiu que não podia mais com tanto peso e, vendo seu companheiro leve e fresco,teve uma ideia, que lhe pareceu maravilhosa:
_ E se eu fingisse escorregar? _ pensou ele. _ Meu ono não vai desconfiar que foi de propósito, e eu me livrarei de uma parte desse peso!
Quando chegaram bem ao meio do riacho, o burro parou um instante, vacilou, tropeçou e caiu como uma pedra na água.
Aconteceu exatamente como ao outro burro: seu dono veio em seu socorro, puxando-o pela rédea, mas ele fincou os cascos no fundo, fazendo resistência, por qachar que estava muito pouco tempo na água...
fFoi então que ele percebeu uma coisa estranha: swentia-se cada vez mais pesado, e o fardo parecia ter um peso insuportável, puxando-o para baixo, cada vez mais para o fundo...
E o jovem burro morreu afogado, por não saber que a sua carga era de peixe e esponja, e não de sal, como a do amigo.
ESOPO
Esopo nasceu na Grécia, mais de 500anos antes de Cristo. Era um escravo muito inteligente, que vivia salvando seu senhor de situações difícies.
Contam, que certa vez, seu senhor garantiu a um amigo que seria capaz de beber toda a água o mar. O amigo riu e debochou dele, e os dois acabaram apostando uma quantia fabulosa de dinheiro.
É claro que o senhor estava bêbado! E, na manhã seguinte, ficou apavorado com o que fizera.
_ Estou falido! _ chorava. _ Sou um homem pobre, agora! como vou beber toda a água do mar?!
Esopo procurou consolá-lo:
_ Calma, Senhor! Tive uma ideia! Marque dia, hora, local. Sei como resolver o assunto.
Veio gente de longe para assistir a façanha. Juntaram-se na praia combinada, onde ficaram esperando, enquanto conversavam e riam. O Senhor, apesar de mjá ter sido salvo em outras ocasiões pelo escravo, estava muito nervoso:
_ É demjais! Não vamos conseguir! Os deuses devem estar loucos!!! Primeiro eu, um homem sensato, aposto toda a minha fortuna numa bobagem; agora, vem você e me convence de que sou capaz de fazê-la!...
_ Calma, Senhor: vai dar tudo certo...
Na hora marcada, Esopo deu o sinal:
_ Pode cfomeçar a beber!
E o Senhor bebeu, bebeu e bebeu, mas não fez a menor diferença no volume da água do mar.
Foi então que Esopo exclamou:
_ Ei, esperem! Ele nunca conseguirá, porque o mar é alimentado por muitos rios. Vocês precisam, primeiro, secar as fontes que dão origem a esses rios.
E, pegando um copo aberto na lateral, ofereceu-o ao amigo com quem seu senhor apostara, dizendo:
_ Beba.
Enquanto ele bebia, Esofo pegou uma ânfora cheia de água e começou a despejar no copo, devagar. Quanto mais ele bebia, mais água descia...
_ Assim não vale! _ protestou o outro. _ Eu nunca vou conseguir!
_ Entendeu, agora? Se vocês não secarem as fontes, meu amo jamais conseguirá beber toda a água o mar, já que, à medida que ele vai bebendo, os rios vão despejando mais água... _ E concluiu, categórico: _ Sequem as fontes ou a aposta está desfeita!
Como ninguém conseguiu secar as fontes, o senhor também não precisou beber o que prometera.
Grato, ele concedeu a liberdade ao escravo.
Feliz, Esopo passou o resto da vida viajando por terras exóticas e distantes, e escrevendo as histórias que o tornaram famoso. Nessas histórias ele apresenta, pela primeira vez, animais como personagens, e, através deles, elogia as virtudes e critica os defeitos humanos.
A este gênero criado por Esopo chamamos "fábula".
Regina Drummond
Fábulas de Esopo, Paulus, 1996
domingo, 26 de agosto de 2012
CIRCUITO DE FEIRAS
- Fique por Dentro das Feiras Literárias
- III Feira do Livro Infantil de Fortaleza - CE
Local: Praça Ferreira
- Bienal Internacional do Livro de Garunhuns - PE
Local: Esplanada Cultural Guadalajara
- Salão do Livro de Presidente Prudente - SP
Local: Centro de Eventos IBC
- XVI Feira Pan-Amazônica do Livro - Belém - PA
Local: Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia
- 8ª Festa Literária Internacional de Pernembuco - Olinda - PE
Local: Pátio do Carmo
LEVEZA
Leve é o pássaro:
e a sua sombra voante;
mais leve.
E a cascata aérea
de sua garganta,
mais leve.
E o que lembra, ouvindo-se
deslizar seu canto,
mais leve.
E o esejo rápido
desse antigo instante,
mais leve.
E a fuga invisível
do amargo passante,
mais leve.
(Cecília Meireles)
EPIGRAMA Nº 9
O vento voa,
a noite toda se atordoa,
a folha cai.
Haverá mesmo algum pensamento
sobre essa noite?sobre esse vento?
sobre essa folha que se vai?
(Cecília Meireles)
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha essas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha esse coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
a minha face?
(Cecília Meireles)
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Trava Língua
Trava-língua pode ser considerada uma brincadeira. Mas também é um desafio. Falar de modo apressado, versos e frases. Sem errar!!
Vamos tentar??
Pro gago comer, aqui um caqui.
Pro macaco, cocada. Um caco
de copo aqui. Ali um sagui, e cá
um sagu, uma jaca, uma jarra
e um caju. Um pote, o capote e
um cacoete de gago.
Autor: Marciano Vasques
Livro: Duas dezenas de Trava-línguas
Baião do Bicho Desconhecido
Quem nunca quis enxergar,
quem nunca soube aprender
não sabe o que está perdendo
nem o que vai se perder.
Há maravilhas no mundo
- mesmo um pequeno besouro -
riquezas vivas trocadas
por um punhado de ouro.
Nas dunas, mangues, caatinga
matas, serras, pantanais,
há sempre desconhecidas
maravilhas animais.
Quem nunca soube enxergar,
quem nunca quisa aprender
não sabe o que está perdendo
nem o que vai se perder.
Mas...
mais?
Mais mais!
Mais e mais
e muito mais...
Autor: Paulo Robson de Souza
Nasceu na Bahia. É biólogo, professor e adora escrever sobre bichos e plantas.
O poema encontra-se no livro Animais mais mais.
Fonte: www.ciencia.org.br
quem nunca soube aprender
não sabe o que está perdendo
nem o que vai se perder.
Há maravilhas no mundo
- mesmo um pequeno besouro -
riquezas vivas trocadas
por um punhado de ouro.
Nas dunas, mangues, caatinga
matas, serras, pantanais,
há sempre desconhecidas
maravilhas animais.
Quem nunca soube enxergar,
quem nunca quisa aprender
não sabe o que está perdendo
nem o que vai se perder.
Mas...
mais?
Mais mais!
Mais e mais
e muito mais...
Autor: Paulo Robson de Souza
Nasceu na Bahia. É biólogo, professor e adora escrever sobre bichos e plantas.
O poema encontra-se no livro Animais mais mais.
Fonte: www.ciencia.org.br
sábado, 14 de julho de 2012
Meu poema preferido
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra
Carlos Drumond de Andrade II
Memória
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.
As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.
Carlos Drumond de Andrade
JOSÉ
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, Você?
Você que é sem nome,
que zomba dos outros,
Você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, - e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse,
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja do galope,
você marcha, José!
José, para onde?
sexta-feira, 22 de junho de 2012
domingo, 10 de junho de 2012
Um pouco sobre Lygia Bojunga
Escritora brasileira, escreveu inicialmente os seus livros sob o nome Lygia Bojunga Nunes.
Nasceu em Pelotas no dia 26 de agosto de 1932 e cresceu numa fazenda.
Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde em 1951 se tornou atriz numa
companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. A predominância do analfabetismo
que presenciou nessas viagens levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior,
que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão,
antes de debutar como escritora de livros infantis em 1972.
Obras de Lygia Bojunga
|
Lygia Bojunga
LIVRO - a troca
Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros
me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé,
fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar
de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo
(de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais
íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia;
e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa
troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas, como a gente tem mania de sempre querer mais,
eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar.
(Mensagem de Lygia Bojunga para o Dia Internacional do
Livro Infantil e Juvenil, traduzida e divulgada nos 64 países membros do IBBY). |
domingo, 3 de junho de 2012
Poeminhas Cinéticos
Poema de Millôr Fernandes.
Podemos utilizar como estímulo o poema abaixo para iniciarmos a criação de Poemas Concretos.
Ou:
Podemos utilizar como estímulo o poema abaixo para iniciarmos a criação de Poemas Concretos.
Era um homem bem vestido
Foi beber no botequim
Bebeu muito, bebeu tanto
Que
saiu
de
lá
assim.
As casas passavam em volta
Numa procissão sem fim
As coisas todas rodando
O moço entra apressado
Para ver a namorada
E é da seguinte forma
escada.
a
sobe
ele
Que
Mas lá em cima está o pai
Da pequena que ele adora
E por isso pela escada
ele
embora.
Ou:
Então, gostou das ideias?
Mãos à obra!
Poema Concreto
Podemos iniciar um Poema Concreto com a criação de desenhos feitos a partir do sentido das palavras, fazendo relações entre significado e significante.
Observe o exemplo e deixe a imaginação fluir.
Observe o exemplo e deixe a imaginação fluir.
Cantiga para não morrer
Quando você for embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
Ferreira Gullar
domingo, 27 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Auto Retrato II
Variação da atividade "Auto Retrato"
- pedir que os alunos pesquisem ou o professor levará para a sala de aula, biografias de pessoas famosas.
- a partir da leitura individual, cada aluno selecionará do texto o que for mais significativo e importante da vida da personalidade.
- a partir dai, será elaborado um auto retrato da personalidade escolhida
Explorando o texto, Criando auto retrato
Sugestão de atividade que pode ser realizada com o texto de Graciliano Ramos: Auto Retrato aos 56 anos
- apresentar o autor do texto, sua vida e obra
- destacar fatos importantes da vida do autor
- distribuir para cada aluno uma folha com o texto
- realizar a leitura oral e coletiva do texto
- pedir que cada aluno registre em papel próprio alguns dados sobre si, baseando-se na obra do autor; sugestão: livro ou história preferida, alimento ou bebida preferida, características próprias da personalidade, sentimentos que o agradam e o que não o agradam, cor, amigo, roupa, o que gosta de fazer fora da escola, programa de TV, artista preferido, sonhos, etc...
- após, cada aluno fará seu "Auto Retrato aos ___anos" organizando as informações já registradas
- para ficar um trabalho caprichado, a escrita final poderá ser feita em papel colorido, com borda ou digitado. Ah! a foto ou desenho do aluno deverá constar no trabalho.
- Lembre-se de realizar a correção ortográfica.
AUTO RETRATO AOS 56 ANOS
Nasceu em 1892, em Quebrângulo, Alagoas
Casado duas vezes, tem sete filhos
Altura, 1,75
Sapato, nº 41
Colarinho, nº 39
Prefere não andar
Não gosta de vizinhos
Detesta rádio, telefone e campainhas
Tem horror às pessoas que falam alto
Usa óculos
Meio calvo
Não tem preferencia por nenhuma comida
Não gosta de frutas nem de doces
Sua leitura predileta: a Bíblia
Escreveu CAETÉS com 34 anos de idade
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Gosta de beber aguardente
É ateu
Indiferente à Academia
Odeia a burguesia
Adora crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antonio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Gosta de palavrões escritos e falados
Deseja a morte do capitalismo
Escreveu seus livros pela manhã
Fuma cigarros Selma ( três maços por dia)
É inspetor de ensino, trabalha no CORREIO DA MANHÃ
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Só tem cinco ternos de roupas, estragados
Refaz seus romances várias vezes
Esteve preso duas vezes
É-lhe indiferente estar preso ou solto
Escreve à mão
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio
Tem poucas dívidas
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Espera morrer aos 57 anos
Casado duas vezes, tem sete filhos
Altura, 1,75
Sapato, nº 41
Colarinho, nº 39
Prefere não andar
Não gosta de vizinhos
Detesta rádio, telefone e campainhas
Tem horror às pessoas que falam alto
Usa óculos
Meio calvo
Não tem preferencia por nenhuma comida
Não gosta de frutas nem de doces
Sua leitura predileta: a Bíblia
Escreveu CAETÉS com 34 anos de idade
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Gosta de beber aguardente
É ateu
Indiferente à Academia
Odeia a burguesia
Adora crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antonio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Gosta de palavrões escritos e falados
Deseja a morte do capitalismo
Escreveu seus livros pela manhã
Fuma cigarros Selma ( três maços por dia)
É inspetor de ensino, trabalha no CORREIO DA MANHÃ
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Só tem cinco ternos de roupas, estragados
Refaz seus romances várias vezes
Esteve preso duas vezes
É-lhe indiferente estar preso ou solto
Escreve à mão
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio
Tem poucas dívidas
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Espera morrer aos 57 anos
Graciliano Ramos
NOTÍCIA VIRA POESIA
Atividade retirada do Livro: Oficina da Palavra, Ed. FTD
A atividade tem início com a leitura de um texto em verso ou uma música. Chamar a atenção dos alunos para a forma da poesia e para a sua linguagem, estabelecendo comparações com o da prosa. Marcar as rimas dos versos, observando o ritmo e a cadência melódica.
Distribuir jornais e revistas e pedir que os alunos escolham uma notícia, leiam e selecionem as palavras que detenham a ideia central.
OBS.: A leitura da música ou notícia poderá ser feito silenciosamente pelos alunos. Após, todos lerão em voz alta e por fim, o professor fará a leitura, alertando os alunos para a entonação e pontuação. No caso da poesia, contar os versos e as estrofes. Fazer a marcação das rimas com palmas, estalos de dedos ou outro som desejado. Pintar de cores semelhantes os versos que rimam. Com as palavras selecionadas, registrar outras palavras com o mesmo som. Agora é só organizar os versos.
No caso da notícia, é importante que as palavras selecionadas representem realmente a ideia principal do texto e que esse texto seja compreendido pelos alunos.
Pode-se utilizar um único texto ou poesia e a elaboração ser coletiva. Dessa forma, o aluno sentirá segurança para a produção própria e sozinho.
- Material:
A atividade tem início com a leitura de um texto em verso ou uma música. Chamar a atenção dos alunos para a forma da poesia e para a sua linguagem, estabelecendo comparações com o da prosa. Marcar as rimas dos versos, observando o ritmo e a cadência melódica.
Distribuir jornais e revistas e pedir que os alunos escolham uma notícia, leiam e selecionem as palavras que detenham a ideia central.
- Criação da poesia:
OBS.: A leitura da música ou notícia poderá ser feito silenciosamente pelos alunos. Após, todos lerão em voz alta e por fim, o professor fará a leitura, alertando os alunos para a entonação e pontuação. No caso da poesia, contar os versos e as estrofes. Fazer a marcação das rimas com palmas, estalos de dedos ou outro som desejado. Pintar de cores semelhantes os versos que rimam. Com as palavras selecionadas, registrar outras palavras com o mesmo som. Agora é só organizar os versos.
No caso da notícia, é importante que as palavras selecionadas representem realmente a ideia principal do texto e que esse texto seja compreendido pelos alunos.
Pode-se utilizar um único texto ou poesia e a elaboração ser coletiva. Dessa forma, o aluno sentirá segurança para a produção própria e sozinho.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Dois e dois: Quatro
Como dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
Como é azul o ocenao
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás o terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
sei que a vida vale a pena
embora o pão seja caro
e a liberdade pequena
Como teus olhos são claros
e a tua pele, morena
Como é azul o ocenao
e a lagoa, serena
como um tempo de alegria
por trás o terror me acena
e a noite carrega o dia
no seu colo de açucena
- sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar, seleção de Alfredo Bosi, Global
sábado, 12 de maio de 2012
Fazendo Rimas
Possibilitando a criação de poemas.
Atividade:
Atividade:
1º momento: Distribuir aos alunos palavras escritas em cartões e pedir que se agrupem, obedecendo a rima entre as palavras. Criar com essas palavras expressões e depois pequenos versos.
Após a escrita, um aluno mostra o verso criado, um segundo aluno se junta ao primeiro, formando o segundo verso, o terceiro aluno deverá se apresentar com um verso que faça rima com o primeiro e quarto aluno se apresentará com um verso que rime com o segundo.
A 1ª estrofe já ficou pronta! Agora é só continuar.
Ou Isto ou Aquilo II
Vivemos fazendo escolhas diariamente e Cecília Meireles coloca essas escolhas magistralmente em um poema simple e gostoso de se ler.
Que leituras podemos fazer desse poema com os alunos?
Que imagens podem ser vistas e passadas para o papel?
Que tal nos apropriarmos do poema, pedirmos licença à autora e brincarmos um pouco com ele?
Peça aos seus alunos que substituam algumas palavras do poema por outras e recriem o texto. Depois é só ilustrar.
Bom trabalho!!
terça-feira, 8 de maio de 2012
OU ISTO OU AQUILO
Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se isto ou aquilo.
(MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. Rio de Janeiro, 1981)
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se isto ou aquilo.
(MEIRELES, Cecília. Ou Isto ou Aquilo. Rio de Janeiro, 1981)
BRINCANDO COM AS PALAVRAS
Como podemos estimular nossos alunos a se aventurarem no mundo das palavras, da escrita, da criação poética?
Poética, sim! Porque não?
Brincar com as palavras é um ótimo começo.
Jogos e brincadeiras em que possam falar, expressar-se através de ações, de mímicas, expor sentimentos, pensamentos, utilizar linguagem não verbal.
Brincando com as palavras, o aluno desenvolve o vocabulário, estimula o raciocínio, a memória, facilita a convivência grupal.
Vamos tentar?
Podemos iniciar com um ACRÓSTICO;
- Escolher uma palavra que tenha algum significado para o momento ou o próprio nome do aluno;
- Retirar uma palavra do acróstico de cada aluno e escrevê-la no quadro;
- Selecionar algumas dessas palavras, de preferencia um substantivo e um adjetivo para fazer rima;
- Relacionar as palavras que tem o mesmo som final.
Esse é um começo!
Agora é com vocês!
Outro jogo que as crianças gostam muito: ADEDANHA
As possibilidades de ampliação vocabular é muito grande.
Incentivar e valorizar a expressão oral do aluno, a desinibição linguística, promover um encontro estimulante com a palavra escrita, contribuirá com a fruição, com aleitura, com a imaginação e com a criação poética.
Mãos à obra?!
domingo, 6 de maio de 2012
De mãos dadas com a poesia
O prazer da leitura de um texto pode levar à aquisição do hábito da leitura e, essa descoberta dando-se na infância, mais fácil se conquistará novos leitores.
Atividade que pode ser desenvolvida:
Material:
Textos sobre amor, ou outros sentimentos humanos, músicas, papel, caneta.
Desinibição:
Ler o texto, ouvir e cantar a música.
Estímulo:
O dinamizador convida os alunos/participantes a analisarem seu coração, dizendo-lhes:
_ Abra o seu coração.
_ O que você vê dentro dele?
_ O que sente?
_ O que lhe incomoda?
_ O que gostaria de dizer em nome dele?
Criação:
Passe para o papel o que seu coração gostaria de falar se tivesse voz.
Pode-se ilustrar o trabalho.
Organize o mural de sua sala com as produções dos participantes.
Filme no momento do estímulo.
Fotografe enquanto ilustram.
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
Um pouquinho do autor:
Nasceu no Recife, em 1920. Viveu os primeiros anos em Pernambuco e, ao completar 20 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro.
Diplomata, residiu em vários países, sobretudo na Espanha, nas cidades de Sevilha e Barcelona, que se tornariam tema frequente em sua poesia. Recebeu prêmios importantes, como o Camões, o Neustadt Internacional e o Rainha Sofia, e foi cogitado para o Prêmio Nobel. Faleceu em 1999.
MULHER VESTIDA DE GAIOLA
Parece que vives sempre
de uma gaiola envolvida,
isenta, numa gaiola,
de uma gaiola vestida,
de uma gaiola, cortada
em tua exata medida
numa matéria isolante:
gaiola-blusa ou camisa.
E, assim como tu resides
nessa gaiola, cingida,
o vasto espaço que sobra
de tua gaiola-ilha
é como outra gaiola
igual que o mar: sem medida
e aberto em todos os lados
(menos no que te limita).
Pois nessa gaiola externa
onde tudo tem cabida
onde cabe Pernambuco
e o resto da geografia.
três bilhões de humanidade
e até canaviais de usina,
sei que se debate um pássaro
que a acha pequena ainda .
Tal gaiola para ele
mais do que gaiola é brida;
como cárcere lhe aperta
sua gaiola infinita
e lhe aperta exatamente
por essa parede mínima
em que sua gaiola-mundo
com a sua faz divisa,
Contra essa curta parede
entre ti e ele contígua,
que te defende e para ele
é de força, se é camisa,
todo o dia se debate
a sua força expansiva
(não de pássaro, de enchente,
de enchente do mar de Olinda).
Por que ele a quem sua gaiola
de outros lados não limita
deseja invadir o espaço
de nada que tu lhe tiras?
Por que deseja assaltar
precisamente a área estrita
da gaiola em que resides,
melhor: de que estás vestida?
A Educação pela Pedra e Outros Poemas/ João Cabral de Melo Neto, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
de uma gaiola envolvida,
isenta, numa gaiola,
de uma gaiola vestida,
de uma gaiola, cortada
em tua exata medida
numa matéria isolante:
gaiola-blusa ou camisa.
E, assim como tu resides
nessa gaiola, cingida,
o vasto espaço que sobra
de tua gaiola-ilha
é como outra gaiola
igual que o mar: sem medida
e aberto em todos os lados
(menos no que te limita).
Pois nessa gaiola externa
onde tudo tem cabida
onde cabe Pernambuco
e o resto da geografia.
três bilhões de humanidade
e até canaviais de usina,
sei que se debate um pássaro
que a acha pequena ainda .
Tal gaiola para ele
mais do que gaiola é brida;
como cárcere lhe aperta
sua gaiola infinita
e lhe aperta exatamente
por essa parede mínima
em que sua gaiola-mundo
com a sua faz divisa,
Contra essa curta parede
entre ti e ele contígua,
que te defende e para ele
é de força, se é camisa,
todo o dia se debate
a sua força expansiva
(não de pássaro, de enchente,
de enchente do mar de Olinda).
Por que ele a quem sua gaiola
de outros lados não limita
deseja invadir o espaço
de nada que tu lhe tiras?
Por que deseja assaltar
precisamente a área estrita
da gaiola em que resides,
melhor: de que estás vestida?
A Educação pela Pedra e Outros Poemas/ João Cabral de Melo Neto, Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
UMA NORDESTINA
Ela é uma pessoa
no mundo nascida.
Como toda pessoa
é dona da vida.
Não importa a roupa
de que está vestida.
Não importa a alma
aberta em ferida.
Ela é uma pessoa
e nada a fará
desistir da vida.
Nem o sol de inferno
a terra ressequida
a falta de amor
a falta de comida.
É mulher, é mãe:
rainha da vida.
De pés na poeira
de trapos vestida
é uma rainha
e parece mendiga:
a pedir esmolas
a fome a obriga.
Algo está errado
nesta nossa vida:
ela é uma rainha
e não há quem diga.
Ferreira Gullar
- Qual o título do poema?
- Quem é o autor do poema?
- De quem fala o poeta e o poeta?
- Como você descobriu? Escreva os versos que demonstram a sua descoberta.
- Que sentimentos despertou em você esse poema?
- Em que lugar/região o autor se inspirou para escrever os versos?
- Reescreva o poema, mudando alguns versos.
POEMA CONCRETO
mar azul
mar azul marco zul
mar azul marco azul barco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul
mar azul marco azul barco azul arco azul ar azul
Ferreira Gullar
Simples, não?! Bonito! Concreto!
Por quê concreto?
Que forma você percebe na escrita do poema?
E que cor tem o poema?
Poderia ser de outra cor? Qual? Como ficaria então? Escreva. Desenhe.
E o som? Consegue ouvir?
Conhece alguma música que fale sobre o mar? Qual?
Sonoro como as ondas do mar.
O que se repete nos versos do poema?
Desenhe o poema de Ferreira Gullar.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
OS MAIS VENDIDOS
FICÇÃO
- Jogos Vorazes
- Em Chamas
- A Guerra dos Tronos
- A Esperança
- O Melhor de Mim
- O Festim dos Corvos
- A Tormenta de Espadas
- A Fúria dos Reis
- Assassin's Creed - Irmandade
- Presentes da Vida
NÃO FICÇÃO
- Guia Politicamente Incorreto da Filosofia
- A Carne e o Sangue
- O Livro da Filosofia
- Para Sempre
- Mentes Ansiosas
- Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil
- Steve Jobs
- Uma Breve História do Cristianismo
- 1808
- This is a Call: a Vida e a Música de Dave Grohi
Fonte: Veja, Edição 2267
JOSÉ SARAMAGO
Um motorista, parado no sinal, subitamente se descobre cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos vão se descobrir reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem à trevas.
(...)Um estômao que trabaha em falso acorda cedo. Alguns dos cegos abriram os olhos quando a manhã ainda vinha longe, e no seu caso não foi tanto por causa da fome, mas porque o relógio biológico, ou lá como se costuma chamar-lhe, já se lhes estava desregulando, supuseram eles que era dia claro, então pensaram(...)
Saramago, José, Ensaio Sobre a Cegueira, Companhia das Letras, 1995.
domingo, 29 de abril de 2012
AOS LEITORES
DIREITOS DO LEITOR, por Daniel Pennac.
- O direito de não ler.
- O direito de pular páginas.
- O direito de não terminar um livro.
- O direito de reler.
- O direito de ler qualquer coisa.
- O direito ao bovarismo ( doença textualmente transmissível).
- O direito de ler em qualquer lugar.
- O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
- O direito de ler em voz alta.
- O direito de se calar.
Daniel Pennac nasceu em 1944, em Casablanca, e fez sua carreira na França. É autor de dezenas de romances, entre os quais Esses Senhores, Os Meninos. Em 2007 recebeu o prestigioso prêmio Renaudot por Diário de Escola.
Direitos do Leitor, retirado do livro COMO UM ROMANCE, um ensaio sensibilíssimo, mostra que a magia da leitura perde-se quando o livro deixa de ser "vivo" - quando a narração ao pé da cama, na infância, passa a ser a leitura obrigatória do programa escolar.
"O verbo ler não suporta o imperativo"
sexta-feira, 27 de abril de 2012
O Pequeno Príncipe
(...) "Com efeito, no planeta do principezinho havia, como em todos os outros planetas, ervas boas e más. Por conseguinte, sementes boas, de ervas boas; sementes más, de ervas más. Mas as sementes são invisíveis. Elas dormem no segredo da terra até que uma cisme de despertar. Então ela espreguiça, e lança timidamente para o sol um inofensivo galhinho. Se é de roseira ou rabanete, podemos deixar que cresça à vontade. Mas quando se trata de uma planta ruim, é preciso arrancar logo, mal a tenhamos conhecido. Ora, havia sementes terríveis no planeta do principezinho: as sementes de baobá...(...)
Trecho do Livro "O Pequeno Princípe"
quinta-feira, 26 de abril de 2012
O BICHO
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
Manuel Bandeira
quarta-feira, 25 de abril de 2012
Poema Sujo - 1975
nada
vale
nada
vale
quem
não
tem
nada
no
v
a
l
e
TCHIBUM!!!!!
Este poema faz parte da seleção realizada por Alfredo Bosi, Melhores Poemas, Ferreira Gullar
terça-feira, 24 de abril de 2012
SUGESTÃO
"É preciso esquecer o passado! É preciso olhar para a frente" (...)
"Talvez uma coisa simples e barata que pode ser feita para os velhos é ler, para eles, literatura - quem sabe poesia? A literatura liberta-nos da solidão. E traz alegria."
Rubem Alves
Início de Conversa
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